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  • Sem Rumo …

    Este final de semana viajei para Minas Gerais, aproveitando o feriado e o fato de minhã irmã caçula estar morando por lá. O principal roteiro da viagem: visitar o Inhotim, um dos principais museus de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior espaço dedicado a arte ao ar livre da América Latina. O passeio foi ótimo e Inhotim vale (e muito) a visita, mas não é sobre isso que vou falar, então quem quiser saber mais sobre o lugar, é só visitar o site oficial. Aproveitei para ilustrar o post com imagens de lá e assim dar uma quebrada no teor de reclamação. ;)

    Chris Burden – Beam Drop / Inhotim 2008 – Foto: Eduardo Eckenfels

    Todo mundo que viaja para longe (e a turismo) sabe que são 3 as reservas básicas na maioria dos casos: passagens aéreas, hospedagem e locomoção local. Em Belo Horizonte, o aeroporto fica muito longe da cidade, assim como o lugar onde eu me hospedaria (casa da minha irmã). Somar a isso a viagem planejada para Inhotim e a opção mais lógica seria o aluguel de um carro.

    Como seríamos 6 pessoas, precisei pesquisar e reservar um carro grande, estilo mini-van. Nenhum outro me atenderia bem e alugar dois carros não era uma opção. Pesquisando nas principais locadoras, achei um Doblô disponível apenas em duas: Localiza e Hertz. Na Localiza o preço aparecia sem unidade monetária e era mais barato então reservei. Na confirmação me apareceu o valor em dólares, que o tornava quase 50% mais caro que o da Hertz. Voltei atrás e fui para a tradicional marca americana.

    Doug Aitken – Sonic Pavilion / Inhotim 2009 – Foto: Pedro Motta

    Ao chegar no aeroporto, fui até o guichê da empresa buscar meu carro, apenas para descobrir que eles não tinham nenhum deles disponível e que havia uma ‘seca de carros’ no aeroporto. Ou seja, meu carro para 7 passageiros não estava disponível. Era o começo de um grande problema. Como, com outras 5 pessoas, poderia eu viajar para Inhotim? Expliquei minha situação à pessoa que me atendeu, e me foi oferecido, como solução, o aluguel de 2 carros. Expliquei que não resolveria meu problema, pois seriam 2 estacionamentos, tanques de gasolina, eventuais pedágios e que logísticamente não atenderia minhas necessidades tão pouco.

    Expliquei isso ao atendente, que me ofereceu, como se estivesse me fazendo um favor, um carro maior, mais espaçoso, melhor: um CItröen C4 ou uma EcoSport. Falei, novamente, que isso não me atenderia, pois eu teria que transportar 6 pessoas e não seria possível fazer isso com esses carros. Não havia opção e a viagem a Inhotim, já com os ingressos comprados, seria na manhã seguinte. Perguntei novamente: “não há nenhum Doblô no pátio?”. O atendente então me responde: temos dois, mas são devoluções de carros de filiais do Rio de Janeiro, então não podem ser alugados. Que sentido isso faz? Por mais que sejam franquias, não é possível resolver o problema do cliente que está a frente? Processos, para que te quero!?

    Bom, sem muita escolha, acabei aceitando o C4, modelo bastante espaçoso e fui obrigado, por culpa da incompetência e falta de planejamento da locadora, a burlar as leis de trânsito (e torcer para que não me pegassem). Para reservar o carro foi necessário o bloqueio de R$ 3.500,00 do meu cartão de crédito, o que me fez pensar: e quem não tem limite em seu cartão, faz o que? Enfim, apenas mais uma, evitei pensar muito a respeito disso. Estava cansado e queria chegar logo em casa …  Já com essa sensação negativa da Hertz, e logo antes de esperar eternos 10 minutos pela van da locadora, o atendente me avisa: não esquece de devolver o carro com o tanque cheio, pois caso contrário cobramos 8 reais por litro (sim, 8 reais por litro) para completar novamente o tanque.

    Cardiff & Miller – The Murder of Crows / Inhotim 2008

    Fim-de-semana finalizado, sem multas ou contra tempos, na volta ao aeroporto não consigo deixar de pensar: como pode a Hertz querer cobrar OITO REAIS por litro de gasolina!? Com certeza eles devem torcer para que o tanque chegue vazio, para assim lucrar em cima do trouxa do seu cliente. Imaginemos uma jornada simples de locação e vejamos a análise do serviço da marca:

    • Reserva: Ótima – Fácil de encontrar o carro, preço bom em comparação com a concorrência.
    • Retirada: Horrível – Não tinham o carro e além de não resolver o problema principal, criaram novos.
    • Utilização: Boa – Tirando o fato de eu precisar transportar mais pessoas do que o permitido, o carro funcionou bem, apesar de estar já bem acabado para um carro de locadora (mais de 25 mil kilômetros).
    • Devolução: Péssima – Não consegui deixar de pensar no valor da gasolina caso devolvesse o carro de tanque vazio. No momento de “despedida” do serviço só pensei em como o modelo de negócio estava criado para tentar se aproveitar do cliente. Cheguei perto do aeroporto com o tanque vazio e fui até uma cidade próxima só para não dar o braço a torcer!
    Agora, em uma reflexão rápida: de que serve desenvolver um ótimo website, ter preços competitivos e estar presente em mais de 100 países ao redor do mundo se não existem processos simpels e um modelo de negócios competente e que entregue um balanço entre o cliente e a empresa? De que serve entregar interações e bons momentos em algumas partes da jornada mas nos momentos de maior tensão decepcionar? A Hertz, nesse meu caso específico, foi apenas um exemplo, dois muitos que estão espalhados por aí! Precisamos de novos e melhores serviços. Todas as grandes empresas possuem grandes problemas, mas o maior delas é esquecer que existe um relacionamento entre elas e os seus clientes e que esse é o maior ativo delas. Deveria-se começar por aí. Sempre!
    • Nota 1 – Em uma pesquisa rápida, descobri que o modelo de locação de carros foi iniciado em, pasmem, 1918, com a empresa Rent-a-Car por Walter L. Jacobs com uma frota de 12 carros Ford, modelo T. Essa mesma empresa se tornaria a Hertz e seguiria sendo administrada pelo Sr. Jacobs.
    • Nota 2 – Em março deste ano escolhi a Hertz para alugar um carro em uma visita a Disney. Não poderia ter sido uma experiência melhor: o carro funcionou perfeito, a devolução foi rápida e o atendimento na retirada foi um dos melhores que já vi!
  • Off we go!

    Estou partindo rumo à Califórnia para tirar umas merecidas férias no meio a tanto trabalho que tem me mantido ocupado para criar um cenário de serviços melhor para nosso País. Será uma boa semana de descanso mas, me conhecendo, sei que será uma semana de inspiração. Ir para a terra que respira inovação é garantir de um mergulho em cenários de serviços sensacionais. Começarei com uma experiência única algumas horas depois do desembarque em LA: sábado e domingo desfrutarei de um dos melhores e maiores festivais de música do mundo: Coachella. Será interessante ver como os americanos lidam com a organização de um evento de grandes proporções e traçar um paralelo depois de ter estado em alguns grandes eventos brasileiros como SWU e mega-shows como o do Sir Paul McCartney.

    Outro serviço que não vejo a hora de “consumir” em todos os sentidos é o do mercado Whole Foods Market, com a promessa de produtos de ótima qualidade e atendimento fantástico. Tentarei também ligar para a Zappos e ver como é essa experiência que virou um case de atendimento ao consumidor. Quem sabe até pedirei uma pizza ao atendente para testar esse serviço. Hehehe. Também darei uma passada pela sede da Apple em Cupertino (a.k.a Mothership) e estou tentando agendar uma visita à Pixar em São Francisco, mas parece que eles abrem as portas apenas em datas específicas.

    Será uma semana e tanto em terras californianas e espero trazer na bagagem muita história para contar. See you next week!

  • Alô, tem alguém aí?

    • Olá, estou ligando pois acabo de receber uma mensagem no meu celular informando que meu e-mail estava errado em seu cadastro
    • Ok , senhor, aguarde um momento pois você ligou para o número errado
    • Mas esse foi o número que me passaram …
    • Obrigado por aguardar senhor, qual o seu código de cliente?
    • Não sei …
    • Então qual o e-mail cadastrado?

    (mais…)