Essa semana lançamos a EISE, Escola de Inovação em Serviços, para uma sociedade de serviços. Temos trabalhado muito nos últimos anos para habilitar essa mudança de perspectiva, onde produtos são apenas avatares e seu valor está no serviço que eles prestam às pessoas. Durante a criação da escola, além de utilizar nosso processo para desenvolvimento de um serviço que fosse realmente inspirador e apaixonante, conseguimos incorporar muito da nossa experiência coletiva como facilitadores de workshops, professores de cursos e palestrantes. Tudo isso serviu muito mas não paramos aí, e em nossa desk-research acabamos descobrindo muita coisa bacana que existe lá fora. Esse post é apenas um exercício de síntese, uma seleção e breve sumário que fiz de 4 das ideias mais interessantes que encontrei nessa jornada de exploração no mundo da educação …
Fundada em 91 na Dinamarca, trata-se de uma instituição que busca promover “mudança social positiva através de crescimento pessoal”. O programa principal tem 3 anos de duração e se baseia no “learning by doing”, ou seja, aprender colocando as mãos na massa. No total são quatro disciplinas: Creative Enterprising Design, Creative Project Design, Creative Process Design e Creative Leadership Design. A ideia é que, ao se formar, um “Piloto do Caos” se torne um líder capaz de criar valor para si e para os outros. O vídeo abaixo não explica nada, mas mostra bastante coisa …
826 Valencia is dedicated to supporting students ages 6-18 with their writing skills, and to helping teachers get their students excited about the library arts.
Baseados em São Francisco na Califórnia (EUA), eles oferecem uma série de programas, todos de graça, para crianças de 6 a 18 anos. O grande objetivo aqui é criar bons escritores (e leitores), promovendo essa tão importante arte (?). Entre esses programas estão saídas de campo, tutoria extra-classe, workshops, intervenções em escolas, atividades de verão e muito mais. Por exemplo, eles ajudam jovens a publicarem seus projetos, sejam eles livros, jornais ou filmes e um dos trabalhos que eu particularmente achei mais interessante é o fato de dar suporte a professores nessa jornada dos alunos (e aí, dentro dessas iniciativas foi criado o prêmio/certificado “professor do mês”). Interessante saber que eles, sim, pensaram na ecologia do serviço que prestam! Como não, certo!?
No site tem muito mais informação, e além disso, é certamente o melhor de todos eles … E se entrarem, não deixem de ver a loja para piratas! Hehehe …
Desde 2001, o Google vem compilando, ano a ano, os termos mais buscados em sua plataforma, e mais do que isso, fazendo uma análise deles. Não é uma escola, é um relatório. Mas é um daqueles massivos, que realmente representam uma época, uma mentalidade, como promete a definição da palavra*. Mais do que isso, é uma iniciativa que nos mostra um pouco mais sobre o mundo onde vivemos e um indício sobre o que temos pela frente no que tange à educação. Vejam o vídeo de 2011 …
E não deixem de acessar os relatórios, que se tornam a cada ano mais bem feitos (no começo era triste …) e, sim, acabam por nos transportar de volta ao ano em questão!
* Zeitgeist: the defining spirit or mood of a particular period of history as shown by the ideas and beliefs of the time
Não é uma escola, é um movimento social que começa pela chamada: “substituindo a universidade por aprendizado pessoal direcionado”. A ideia de aprender no mundo, seja de maneira total ou complementar não é exatamente nova. A formalização disso é que, de alguma forma, é. Quanto do que utilizamos e aplicamos diariamente em nossos trabalhos não é fruto do que vimos e vivenciamos em lugares pouco tradicionais? E o quanto do tempo em salas de aula de nossas vidas realmente utilizamos para viver e trabalhar? Eu diria que demais para a primeira e muito pouco para a segunda pergunta. É importante ter uma base? Claro que sim, mas vejamos a proposta do UnCollege.
Sendo o único pré-requisito para o UnCollege a vida, um manifesto para essa nova jornada foi criado com explicações, motivações e passos recomendados. Trata-se de um manual de sobrevivência do ‘unschooler’ – e na minha opinião uma das partes mais questionadoras e interessantes dessa revolução.
Se você chegou até aqui, parabéns! Sei que foi um post longo. Se você chegou aqui e ainda quer conhecer outras escolas interessantes, recomendo ler sobre a D.School em Stanford e a Parsons em NYC em dois outros posts meus aqui e aqui.